Ascendi – Ampliação e adaptação

A PRIMERA realizou a ampliação e adaptação das infa-estruturas do edifício da Ascendi — CAM do Grande Porto, para a implementação do Sistema de Portagens Eletrónicas Multi-Lane Free.
Realizamos infra-estruturas de Energia. Telecomunicações e Segurança Ativa.
Curiosidades do Projeto….
Características do Sistema MLFF:

** Sistema totalmente automático, não requerendo interação humana com o utente nos processos de cobrança;
** Sistema aberto, com instalação dos Pontos de Cobrança (PdCs) em plena via;
** A identificação dos veículos é efetuada através de leitura do DEM (Dispositivo Eletrónico de Matrícula) ou, acessoriamente, do resultado do processo de reconhecimento automático da matrícula a partir de fotografias;
** A cobrança ao utente processa-se após agregação numa transação única correspondente a uma viagem das transações individuais de passagem em PdC’s consecutivos

O Sistema MLFF estrutura-se em três grandes componentes:

Equipamento de Via (RSE – Roadside Equipment)

A componente Equipamento de Via está diretamente relacionada com os Pontos de Cobrança instalados na auto-estrada. Cada Ponto de Cobrança é constituído por um conjunto de equipamentos que asseguram a deteção e classificação dos veículos que transitam na auto-estrada por recurso a leitura de DEM’s. a recolha de fotografias e a classificação dos veículos, de modo a obter todos os dados necessários para criar uma transação, que é posteriormente transmitida para os sistemas de back-office (Transação de Via). Os equipamentos de cada ponto de cobrança são instalados em conjuntos de 3 Pórticos metálicos colocados sobre a plena via das auto-estradas, incluindo, basicamente, cortinas laser que detetam a passagem dos veículos, antenas de leitura que identificam os DEM dos veículos e câmaras vídeo, que fotografam as matrículas tradicionais dos veículos (frente e traseira) para posterior leitura automática, caso o veículo seja suspeito de violação de algum dos termos legais de passagem. A transmissão de dados entre as antenas de via e os veículos faz-se por recurso á tecnologia DSRC (micro-ondas), sendo possível a leitura de unidades de bordo de tecnologia mais antiga (LDR – low data rate) utilizada nas actuais unidades com contrato Via Verde, ou de tecnologia mais moderna (MDR- médium data rate), na qual serão suportadas as novas unidades que serão distribuídas ao abrigo do SIEV. Estas novas unidades permitem uma maior capacidade de armazenamento de dados e, portanto, a sua eventual utilização noutros serviços que possam ser facultados pelo mercado.

As câmaras vídeo são de tecnologia infra-vermelho, capazes de uma excelente qualidade de imagem que, contudo, apenas identifica a matrícula, não permitindo visualizar os ocupantes do veículo.

Back-Office Operacional (080 – Operational Back-Office)

O Back-Office Operacional tem como função principal o processamento das Transações de Via geradas nos PdC’s, incluindo a sua validação, atribuição da respetiva taxa de portagem e a consolidação de todas estas informações em Transações de Negócio, aptas a serem cobradas. Estas transações são então enviadas para o Back-Office Comercial. A este nível, o sistema suporta todo o processo de tratamento manual de transações sempre que este se justificar, disponibilizando as ferramentas necessárias para esse efeito, ou seja, para correção e verificação de inconsistências. Por fim, este componente compreende igualmente os elementos que viabilizam a configuração de todos os equipamentos instalados na estrada (Pontos de Cobrança), o seu controlo remoto, bem como a supervisão do seu funcionamento.

Back-Office Comercial (CBO – Commercial Back-Office)

O Back-Office Comercial suportará a execução de todas as operações comerciais necessárias para assegurar a cobrança de portagens através dos diferentes sistemas de cobrança previstos na legislação:

i) Em regime de Cobrança Primária – pagamento através de uma Entidade de Cobrança de Portagens (ECP), detentora de um contrato com o utente que permita débito em conta ou pré-pagamento, seja o utente anónimo ou identificado ou,

ii) Em regime de Cobrança Secundária – pagamento posterior à utilização do serviço portajado (pós-pagamento), neste caso sujeito a cobrança de um custo administrativo adicional, ou ainda,

iii) Em regime de Cobrança Coerciva. – pagamento associado à aplicação de contra-ordenação resultante de violação de algum dos termos legais de pagamento.

Adicionalmente, a componente CBO oferece todas as funcionalidades necessárias para gerir a relação com os clientes.

Desenvolvimento do Projeto

O sistema em instalação tem vindo a ser desenvolvido no seio de uma empresa detida pela Ascendi, SGPS – a Equimetragem, futura Ascendi Serviços – integrando uma equipa multi-disciplinar liderada pela Direção de Sistemas de Informação da Ascendi e que inclui, entre outros, os seguintes principais parceiros:

No Limits – consultor português de sistemas de informação, coordenador do projeto

OFree – empresa norueguesa de referência mundial na produção e instalação de sistemas de cobrança eletrónica, responsável pelo fornecimento e instalação do Road Side Equipment e do Operalional Back Office, incluindo as aplicações integradoras Accenture – consultor internacional, responsável pela conceção e integração do Comercial Back Office SAP – sistema de aplicativos com desenvolvimento específico para este Projecto Tracevia – empresa do Grupo Mota-Engil, responsável pela instalação da infraestrutura de via Manvia – empresa do Grupo Mota-Engil responsável pela adaptação das instalações onde funcionará o centro de processamento e atendimento Portugal Telecom – fornecedora da rede de comunicações que interliga toda a solução. A concepção do projecto envolve ainda a participação de várias entidades publicas que, por Lei ou por contrato, terão importantes papeis a desempenhar no processo de cobrança, quais são, por exemplo, o InIR (Instituto das Infraestruturas Rodoviárias), entidade reguladora do sector rodoviário responsável pelo processo de cobrança coerciva, a EP (Estradas de Portugal), empresa que será a beneficiária da cobrança efetuada, o IMTT (Instituto da Mobilidade e Transportes Terrestres) entidade que gere a emissão de matrículas, o SIEV (Sistema de Identificação Eletrónica de Veículos) empresa que, como o nome o diz, se encarregará da gestão do sistema de matrícula eletrónica, e o IRN (Instituto de Registos e Notariado), entidade enquadradora da Conservatória de Registo Automóvel. Com todas estas entidades será necessário estabelecer interfaces de diálogo permanente, tal como sucederá com outras, de matriz privada, que poderão intervir no processo de cobrança (as Entidades de Cobrança Privada, como é o caso da actual Via Verde).

 

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